Os medicamentos com preço controlado deverão sofrer um reajuste
médio entre 5,40% e 5,90% a partir da próxima terça-feira, 31 de março. O
índice foi calculado pelo Sindicato da Indústria de Produtos
Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), com base nos fatores
da fórmula de reajuste publicados nesta quinta-feira pela
Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos
(CMED) no Diário Oficial da União.
Por meio de três comunicados, a CMED divulgou os fatores da fórmula
– os chamados fatores X e Y – e as classes de medicamentos que sofrem o
reajuste. A partir dessa informação, a indústria consegue antecipar o
percentual de aumento dos produtos, que deverá atingir 19 mil
apresentações de medicamentos. A previsão é que o percentual oficial
seja divulgado pelo governo em 31 de março.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram novos critérios para adequar o
índice de aumento "à realidade do mercado farmacêutico”. Na ocasião, o
governo antecipou que o reajuste deverá ficar abaixo da inflação e menor
em relação ao que seria calculado com a regra anterior. A estimativa
oficial é de que haja uma redução na ordem de R$ 100 milhões nos gastos
com medicamentos no Brasil em um ano, para o mercado geral de
medicamentos do país, para as famílias, governos e prestadores de
serviços que compram medicamento.