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26 de abril de 2020

“Não existe um município do RN que o vírus não esteja circulando”, diz secretário adjunto de saúde do RN

O secretário adjunto de Saúde do Rio Grande do Norte, o médico Petrônio Spinelli, afirmou neste sábado (25), durante coletiva de imprensa, que o novo coronavírus está presente em todos os municípios do estado. De acordo com o boletim pela Secretaria Estadual de Saúde, 155 cidades contam com casos suspeitos atualmente. O RN tem 167 municípios.

“Posso afirmar sem nenhum medo que não existe um município do Rio Grande do Norte que o vírus não esteja circulando”, declarou. A explicação para isso é que “a subnotificação continua muito alta”, de acordo com Spinelli. “O Rio Grande do Norte é o primeiro estado do Nordeste em número proporcional de testagem, mas isso não representa que a gente atinja nenhuma porcentagem significativa dos casos reais”, completou.

Petrônio Spinelli também se mostrou preocupado com o crescimento do número de casos de Covid-19 no estado. Segundo ele, o momento requer atenção. Hoje, 41,5% dos leitos ocupados por pacientes graves.

“Esta semana foi extremamente preocupante, que teve que mobilizar muitos os trabalhadores da saúde, que estão cada vez mais tensionados. É importante lembrar que o número de pessoas que está chegando aos hospitais está crescendo de forma perigosa. Ele cresce com pessoas com gravidade. Esta é nossa maior preocupação. Antes, nós tínhamos uma quantidade grande de pessoas procurando os hospitais, mas boa parte delas eram rapidamente liberadas. Eram pessoas com quadros leves e muitos só suspeitos que não se confirmavam”, comentou.

O RN tem atualmente 3.928 casos suspeitos em 155 municípios. São 781 casos confirmados em 53 municípios; 2.838 casos descartados; 40 óbitos em 17 cidades; e 289 recuperados.

O secretário adjunto aponta o descumprimento do isolamento social como um dos fatores para o aumento dos casos. Ele citou a saída das pessoas às ruas para receber a ajuda de R$ 600 do governo federal. Muitas filas foram registradas em bancos do estado, com muitas pessoas sem máscaras. “Toda vez que há aumento de aglomerações, o impacto acontece 10 a 14 dias depois. A previsão é que os próximos dias serão dramáticos, pois vão refletir a saída das pessoas às ruas nos dias passados”, falou Spinelli.

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