Cerca de 45% da população do Rio Grande do Norte não está respeitando as recomendações de isolamento social para evitar a proliferação do novo coronavírus (Covid-19). Os dados são da In Loco, empresa de tecnologia que coleta dados de localização de 60 milhões de brasileiros de forma anônima.
De acordo com a última atualização da In Loco feita no sábado (4), mais da metade dos potiguares (54,6%) estavam cumprindo o isolamento social. "Criamos o Índice de Isolamento Social para auxiliar no combate à pandemia. O mapa mostra o percentual, por estado, da população que está respeitando a recomendação de isolamento. Com ele as autoridades podem direcionar recursos de saúde, segurança e comunicação", informou a In Loco.
A plataforma desenvolvida pela In Loco consegue estimar um percentual de pessoas que estão em movimentação ou não pelos estados do Brasil. Segundo o estudo, até o sábado (4), no Nordeste, o RN fica atrás de Ceará (57%), Piauí (55,9%), Pernambuco (55,6%) e Maranhão (55,5%) nos índices de isolamento.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as medidas de isolamento social são a melhor alternativa para conter a propagação do vírus.
"Nosso papel na luta contra a Covid-19 é prover inteligência para conter o avanço da doença sem a necessidade de uma política de vigilância. Quando a situação de emergência acabar, os dados coletados para esse fim serão deletados", explicou a In Loco.
Coleta de dados
A tecnologia da In Loco é embarcada em aplicativos de parceiros e clientes (bancos e grandes varejistas, por exemplo). Os usuários que voluntariamente instalam esses softwares podem ou não permitir a coleta de dados pela In Loco, que informa claramente as finalidades previstas na sua política de privacidade.
A única informação coletada é a localização dos celulares, que é utilizada para fins de autenticação e verificação de segurança e anti-fraude, além de contagem de visitas em determinados estabelecimentos.
"Toda essa captação é feita sem identificar as pessoas. A tecnologia da In Loco foi desenvolvida de forma a não coletar dados de identificação civil, como nome, RG, CPF e e-mail", explicaram representantes da empresa. Os dados anônimos de localização coletados são agregados e transformados em estatísticas que são compartilhadas com órgãos públicos.