O acesso à internet
fixa aumentou no Brasil, mas a disparidade de classes sociais e entre
áreas urbanas e rurais continua grande, de acordo com a nona pesquisa
TIC Domicílios 2013 divulgada nesta quinta, 26, e realizada pelo Centro
Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação
sob os auspícios da Unesco (Cetic.br), do Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Tanto no acesso em residências quanto de usuários de internet, fica
claro que o total no país aumentou, mas ainda há muita gente offline,
especialmente nas áreas rurais e entre os mais velhos. A proporção de domicílios conectados subiu 3% entre 2012 e 2013, chegando a 43% da população, ou 27,2 milhões de residências. No entanto, enquanto as classes A e B se mantiveram estáveis (98% e
80%, respectivamente), a classe C subiu 3% e totalizou 39% no ano
passado. As classes D e E cresceram 2%, mas ainda possuem apenas 8% dos domicílios conectados.
Isso fica mais evidenciado ao se olhar com mais detalhes: segundo a
entidade, 24,2 milhões dos domicílios com renda de até dois salários
mínimos não têm acesso à internet. No recorte por área, 48% dos domicílios urbanos possuem acesso à
internet, crescimento de 4%. Apesar de ainda estar abaixo, com 15% de
penetração, a área rural registrou aumento de 50% (ou 5%) na comparação
anual. Ainda assim, 7,5 milhões de domicílios rurais não possuem acesso. O Cetic.br destaca que a região Sudeste é onde há mais residências
conectadas (14,1 milhões), mas também é a que possui mais desconectadas
(13,3 milhões).