Um amplo estudo com mais de 200 mil pessoas confirmou que dois a cada três fumantes morrerão de doenças relacionadas ao cigarro, caso continuem fumando. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália, é a primeira evidência científica independente – isto é, não ligada a associações militantes -, com uma amostra populacional tão grande, a fornecer evidências de que a taxa de mortalidade ligada ao tabagismo chega a dois terços. O estudo foi publicado na revista científica BMC Medicine.
A pesquisa também apontou que, em comparação aos não fumantes, quem fuma 10 cigarros por dia dobra o risco de morte, enquanto quem fuma um maço (o dobro) por dia aumenta o risco de morte de quatro a cinco vezes. O hábito de fumar tem cada vez menos adeptos no Brasil. Pesquisa do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, no ano passado, que o índice de pessoas que consomem cigarros e outros produtos derivados do tabaco é 20,5% menor que o registrado cinco anos atrás. Do total de adultos entrevistados, 14,7% disseram que fumam atualmente. Esse índice era 18,5% em 2008, conforme a Pesquisa Especial de Tabagismo do IBGE.
Entre as recentes conquistas no Brasil destaca-se a Lei Antifumo, que torna os ambientes fechados de uso coletivo 100% livres de tabaco, protegendo a população do País do fumo passivo e contribuindo para diminuição do tabagismo entre os brasileiros.