Joaquim
Barbosa surpreendeu ao antecipar sua aposentadoria do Supremo Tribunal
Federal. Legalmente, ele perdeu o prazo para disputar uma vaga política.
No entanto, ele ainda é visto como uma importante arma para as
campanhas dos presidenciáveis do PSDB e PSB contra a reeleição da
presidente Dilma Rousseff. Pesquisa
Datafolha apontou que o juiz, relator do midiático processo do chamado
“mensalão”, que prendeu figuras petistas de peso, como o ex-ministro
José Dirceu, teria 14% das intenções de voto, se estivesse entre os
candidatos ao Palácio do Planalto.
Assim que
anunciou sua saída da Corte, o socialista Eduardo Campos lembrou que,
caso Barbosa demonstre interesse em se filiar a algum partido, eles
terão amigos em comum que haverão de aproximá-lo do PSB, entre eles, a
ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon, que se filiou
recentemente à sigla.
“Qual é o
partido que não gostaria de ter um quadro como Joaquim Barbosa
filiado?”, questionou. “Tenho certeza de que todos os partidos no Brasil
que prezam a Justiça, que prezam a democracia, gostariam de ter em suas
fileiras um brasileiro que tem a biografia, a história de vida do
ministro Joaquim Barbosa”, disse.