O evento com o PSol teve clima de conciliação. Ivan Valente, fundador do partido e um de seus primeiros dissidentes, relembrou que teve seu processo de anistia julgado nesta semana em Brasília, na mesma sessão que também julgou o processo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
As duas indenizações foram negadas por uma comissão formada pelo governo de Bolsonaro. “Eles formaram uma comissão de tortura e colocaram o nome de comissão de anistia”, disse Valente. “Eu digo isso para mostrar contra quem estamos lutando”, emendou.
Engolir ex-tucano - Antigos companheiros no PT, Lula e o vereador Chico Alencar (RJ) se abraçaram no início do encontro. O ex-deputado disse que o PSol não será “um aliado submisso” e se colocou disposto a “engolir” a escolha do ex-governador e ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa do petista.
“Alckmin tem uma história política que é oposta à nossa. A conjuntura, no entanto, pede que você suporte algumas dificuldades para combater o bolsonarismo. Vamos trabalhar para que a visão de mundo do Alckmin não prevaleça”, destacou Alencar.
“Se o Bolsonaro tem um mérito é que ele uniu esquerda brasileira”, afirmou Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos trabalhadores Sem Teto (MTST) e um dos principais articuladores da aliança.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, agradeceu. “Sim, aqui está um povo realmente sem medo de lutar. Fizeram oposição ao nosso governo, mas quando do perceberam que o que estava em jogo era a soberania do voto, estiveram junto com a gente”, colocou Gleisi.