No mesmo mês, o total de chaves registradas chegou a 438,5 milhões no país. Em março, foram feitas 1,6 bilhão de operações envolvendo a modalidade. Com a popularidade, o Pix se torna um dos principais alvos de criminosos que roubam ou furtam celulares ou conseguem invadir a conta pela internet.
Em novembro do ano passado, um ano após o lançamento do Pix, novas regras do Banco Central passaram a valer para reforçar a segurança dos usuários. Entre elas estão o bloqueio cautelar e a devolução especial de valores. Em vez de fazer o crédito automaticamente, a instituição responsável pela conta que recebe os valores suspeitos realiza um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas.
“A opção vai possibilitar que a instituição realize uma análise de fraude mais robusta, aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários pagadores vítimas de algum crime”, diz o BC.
No mecanismo especial de devolução, o cliente que foi vítima de golpe pode pedir o dinheiro de volta. Para isso, é preciso registrar um boletim de ocorrência e avisar imediatamente a instituição pelo canal de atendimento oficial, como SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) ou Ouvidoria.
Segundo a Febraban, as operações por Pix são totalmente rastreáveis e, no caso de irregularidades, “todos os envolvidos serão identificados e responderão pelos delitos”. A Folha ouviu especialistas em segurança bancária e os cinco maiores bancos e reuniu as principais dicas de segurança para quem usa o Pix.
VEJA CINCO DICAS PARA PROTEGER SEU PIX
1 – Tenha cuidado com senha do app do banco
O Pix é uma operação feita por meio da rede bancária e muitas das movimentações fraudulentas ocorrem após roubo, furto ou invasão do celular por criminosos. Quem tem app do banco instalado deve ter muito cuidado com a senha, que não deve ter números facilmente identificáveis como de documentos ou datas de nascimento, por exemplo. Jamais anote sua senha do banco no bloco de notas do celular. Ao usar o app, sempre saia da conta. Os apps de bancos não armazenam as senhas e as movimentações.
2 – Diminua o valor que pode ser transferido por Pix
Os bancos têm bloqueios específicos do Pix conforme o valor e o horário. Operações acima de R$ 1.000 no período noturno precisam ser liberadas pelo cliente e há prazo para que haja resposta a esse pedido de liberação. No entanto, o próprio cidadão pode diminuir e aumentar os limites de transferência bancária a qualquer momento, incluindo o Pix, de forma rápida. Especialistas recomendam ter um limite bem baixo transferência por Pix, o que limita e dificulta a ação de criminosos
3 – Sempre confirme os dados de quem vai receber o Pix
Antes de terminar a operação de transferência via Pix, confirme a chave de quem vai receber. Revise também os valores; ao errar na transação, é possível ter o dinheiro de volta, mas isso leva tempo e necessitará de uma investigação feita por seu banco.
4 – Cuidado com as transferências
Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar se o pedido de valores está sendo feito pela própria pessoa. Um dos golpes mais comuns envolvendo Pix é o da falsa conta do celular, quando o golpista rouba a foto da pessoa de alguma forma e, com outro número, passa a pedir dinheiro a amigos e familiares.
5 – Jamais clique em links para cadastrar a chave Pix
Nunca clique em links recebidos por email, WhatsApp, redes sociais ou SMS para cadastro da chave do Pix. O cadastro da chave deve ser feito sempre pelo site ou aplicativo do banco, ou nas agências bancárias. Nunca compartilhe o código de verificação recebido quando você realiza o cadastro da chave Pix. Não faça qualquer tipo de cadastro no Pix a partir de ligações telefônicas ou contatos pelo WhatsApp, pois essa prática é fraudulenta.