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30 de janeiro de 2015

Policiais Militares cobram vale alimentação no interior do RN

O governo mudou mas o que a população do Rio Grande do Norte tem observado são dificuldades que continuam presentes na segurança pública estadual que necessitam de respostas urgentes do poder executivo. Não obstante aos crimes violentos que continuam, os policiais militares clamam por melhorias nas condições de trabalho, sobretudo no interior do estado.

Um direito básico do trabalhador, a alimentação, é uma verdadeira preocupação para os policiais militares que, por vezes, são humilhados em virtude da péssima qualidade da comida fornecida pelas unidades. Em outras cidades ficam à mercê de "convênios" com prefeituras ou de favor de comerciantes, onde estes exigem em troca uma atenção privilegiada na segurança de seus estabelecimentos. 

Um policial conta que na sua unidade foi servido cuscuz duro e bolachas cream cracker como primeira refeição do dia. Outro conta que na cidade em que trabalha nem café tem. Há relatos de prefeitos que cortaram a alimentação de policiais porque não tiveram pedidos atendidos. "É uma afronta às leis, vergonha e completo desrespeito proporcionado pelo governo e que nos deixam desmotivados para trabalhar", afirmou um PM.

VALE ALIMENTAÇÃO
Implantado na região metropolitana de Natal em 2011, o Vale Alimentação é um ticket onde os policiais de serviço trocam por refeições em estabelecimentos credenciados ao governo. Na gestão passada havia a promessa do Coronel Araújo de estender tal benefício aos militares do interior (CONFIRA AQUI), o que não ocorreu. "A verdade é que aqui no RN existem duas polícias, a da capital e a do interior. Até quando isso???", indaga outro policial. 

Segundo o Soldado Tony, presidente da Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região (APRAM), a situação é motivo de preocupação e revolta entre os profissionais. "Além de cobrarmos solução junto ao comando geral já denunciamos o problema em audiência pública na ALRN, ao Ministério Público e na imprensa, mas até o momento nada mudou. É um descaso para com o trabalhador-policial e que precisa acabar. Esperamos que o novo governo reveja essa questão que causa enorme desmotivação à nossa tropa", concluiu o dirigente. 

APRAN-PMRN
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