Plantações a perder de vista por praticamente todo o Rio Grande do Norte,
principalmente, nas regiões Oeste, Alto Oeste, Seridó e Zona da Mata.
Assim era o cultivo de cajueiro para obtenção da castanha. Mas o forte
período de estiagem mudou a paisagem e a cajucultura potiguar não
conseguiu segurar o ritmo de produção nos pomares devido à escassez de
chuvas. Segundo informou o G1, apesar de figurar entre os principais
produtos da pauta de exportação do RN, a castanha de
caju apresentou um declínio nas exportações da ordem de 15,6% no ano
passado devido à seca.
De acordo com estimativas da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio
Grande do Norte (Emparn), a produção de castanhas vem sofrendo um
declínio gradativo. Somente no ano passado, houve uma redução de quase
50% na produção das amêndoas. “Nos anos de inverno regular, a produção
do Rio Grande do Norte ultrapassava as 50 mil toneladas”, ressalta o
diretor de pesquisa e desenvolvimento da Emparn, Simplício Holanda.
Segundo o técnico, no ano passado os números de produção de castanha
no estado não ultrapassaram as 25 mil toneladas. “Para 2015, os esforços
são para chegarmos ao número de 35 mil toneladas, mas para isso, além
da chuva, é preciso recuperar cerca de metade da plantação”, estima. As
intervenções têm se concentrado na recuperação de pomares, como no caso
de um projeto piloto desenvolvido em Apodi.
Marcos Dantas