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18 de setembro de 2015

‘Atlântida do Sertão’ vira atração no fundo da maior barragem do RN

G1-RN Ruínas da antiga São Rafael, inundada durante a construção do maior reservatório do Rio Grande do Norte, tornaram-se atrações turísticas. A ‘Atlântida do Sertão’, como foi apelidada a velha cidade, ressurgiu por causa da longa estiagem que atinge o estado. As águas baixaram tanto que revelaram o que restou de alguns dos prédios encobertos há mais de 30 anos pelas águas da barragem. A igreja e o cemitério estão lá. Na época, segundo o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), 730 famílias tiveram quer ser reassentadas em um ponto mais alto do município.

Para ver de perto os efeitos da estiagem no interior potiguar, equipes do G1 e da Inter TV Cabugi percorreram aproximadamente 1.400 quilômetros durante cinco dias. Foram visitadas 19 cidades no Seridó e Oeste – regiões que mais vêm sofrendo com a escassez. Em colapso no abastecimento d’água estão Acari, Antônio Martins,Carnaúba dos Dantas, Currais Novos, João Dias, Luís Gomes, Paraná, Pilões, Riacho de Santana, São Miguel e Tenente Ananias.

Já em Apodi, Caicó, Jucurutu, Lucrécia, Parelhas, Pau dos Ferros e São Rafael, foi constatado que o nível dos açudes e reservatórios vem baixando rapidamente e que a paisagem está mudando a cada dia, incluindo a barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, que fica em Itajá. Com capacidade para armazenar até 2 bilhões e 400 milhões de metros cúbicos de água, a barragem possui atualmente 25% deste total. É o mais baixo volume dos 30 anos de sua história.

No fundo do reservatório, é possível chegar de carro até a velha igreja da cidade. Ela ainda tem as fundações submersas, mas dá pra subir nos escombros. Já o antigo cemitério, reapareceu por completo, revelando túmulos e cruzes. Casas, lojas e até o que um dia foi um posto de combustíveis também estão aparentes.

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