Pelo menos 310 pessoas morreram nesta quinta-feira e 450 ficaram feridas
em um tumulto envolvendo peregrinos que acabaram pisoteados na cidade
sagrada de Meca, onde 3 milhões de pessoas participam do Hajj, o rito
muçulmano da peregrinação, informou a Defesa Civil da Arábia Saudita.
O tumulto aconteceu na área de Mina, que fica a cerca de 10 quilômetros
ao leste de Meca, às 7h05 locais (2h05 de Brasília). Segundo a Defesa
Civil saudita, o número de vítimas ainda não é definitivo.Além disso, o órgão explicou que suas equipes estão separando as
pessoas em grupos e dirigindo-as por caminhos alternativos, e que cerca
de 4 mil homens estão participando das operações de resgate com mais de
200 ambulâncias e outros veículos.
A tragédia aconteceu quando os fiéis se dirigiam de seus acampamentos
para o lugar onde cumpririam hoje o rito do apedrejamento das três
colunas que simbolizam as tentações do diabo, durante o terceiro dia da
peregrinação.Os peregrinos tinham retornado da área próxima de Muzdalifah, onde
passaram a noite e recolheram as pedras que são lançadas contra os
pilares de Satanás.
Além disso, participaram da reza comunitário matinal que marca o início
do "Eid al Adha", a Festa do Sacrifico na religião islâmica.Com este ritual, os muçulmanos lembram o sacrifício de Ibrahim
(Abraão), que por amor a Alá (Deus) ofereceu, segundo a tradição
muçulmana, a vida de seu filho primogênito Ismael.
O incidente de hoje acontece depois que 107 fiéis morreram e 238
ficaram feridos no último dia 11 após a queda um guindaste no interior
da Grande Mesquita de Meca.A peregrinação a Meca é um dos cinco pilares do Islã, junto com a
"shahada" (profissão de fé), a esmola, a oração e o jejum no mês do
Ramadã.