O Blog Tenente Laurentino Agora faz hoje um breve relato da história de vida do jovem empresário floraniense Neto Umbelino, que de um menino pobre e sonhador, tornou-se com apenas 27 anos de idade, um dos grandes empresários da cidade de Florânia/RN. Tudo começou em 1987 quando minha mamãe conheceu meu pai em uma festa de aniversário. Ela engravidou e logo procurou meu pai para dizer que estava esperando um filho dele, porém ele não quis assumi-la e ainda ofereceu dinheiro para ela me abortasse, minha mãe disse que não era mulher pra isso foi aí que ele decidiu nos abandonar.
Passamos muitas necessidade e as vezes até fome, porque a gente não tinha casa, morávamos de favor na casa de meu avô pois ele não se importava de morarmos lá. Porém os outros filhos (meus tios), não gostavam muito pois eram ao todo 11 pessoas, e minha mãe foi a única que não casou, era mãe solteira e naquela época uma mulher solteira com filho era chamada de “mulher da vida”. Moramos na casa do meu avô por mais de 5 anos.
No ano de 1993 houve uma seca muito grande na região. Com isso as poucas costuras que minha mãe fazia (ela é costureira) começaram a desaparecer, foi aí onde veio faltar da comida na nossa mesa. Tiveram dias lembro-me bem como se fosse hoje que mamãe fazia para eu comer um prato com caldo de feijão macassar e farinha. Foi aí que irmãos de minha mãe fizeram com que o vovô nos tirassem de casa, ficando ainda pior, sem alimentação, sem pai e sem teto. Lembro da minha mãe chorando na mesa da cozinha com as mãos na cabeça, sem saber o que fazer.
No ano de 1993 houve uma seca muito grande na região. Com isso as poucas costuras que minha mãe fazia (ela é costureira) começaram a desaparecer, foi aí onde veio faltar da comida na nossa mesa. Tiveram dias lembro-me bem como se fosse hoje que mamãe fazia para eu comer um prato com caldo de feijão macassar e farinha. Foi aí que irmãos de minha mãe fizeram com que o vovô nos tirassem de casa, ficando ainda pior, sem alimentação, sem pai e sem teto. Lembro da minha mãe chorando na mesa da cozinha com as mãos na cabeça, sem saber o que fazer.
Depois de alguns dias minha mãe resolveu vender alguns objetos dos poucos que nós tínhamos, inclusive algumas roupas. Com o pouco que conseguiu com a vendas, tentamos procurar uma casinha na cidade, mas não achamos pois o valor que ela tinha era muito pouco para comprar as casas que encontramos foi aí que a vi mais desesperada ainda. Como ela não tinha mais o que vender e pra não ficarmos na rua ela resolveu falar com o prefeito da época que vendo o desespero dela, mandou-a escolher a casa, e dependendo do valor ele a ajudaria. Encontramos uma casinha bem “fraquinha”, mamãe deu o dinheiro que tínhamos e o prefeito completou o restante, fomos morar na casa, porém o ano de 1994 foi um no de muita chuva e com isso a casinha de apenas três pequenos cômodos e sem banheiro desabou uma parte.
Eu já estava um pouco maior, e vendo todo aquele sofrimento sonhava que quando crescesse iria conseguir melhorar de vida, para nunca mais faltar um teto e nem comida na mesa. Assim foi, as coisas começaram um pouco a melhorar, mamãe foi costurando, eu já estava com sete anos de idade e foi quando falei pra mamãe: “mamãe a senhora costura daí que eu vou trabalhando daqui e vamos conseguir realizar nossos sonhos”. Comecei quebrando brita, depois fui vendendo din-din, picolé, litros secos e ainda juntei muita algaroba no caminho do Casulo (uma antiga escola infantil aqui de minha cidade) pra vender.
Completei os 8 anos de idade, nunca tinha visto meu pai, minha vó paterna me procurou e me falou: “meu neto vamos a Natal, pra ver seu pai você já está um pouco grande e tem que conhecê-lo”. Chegando lá o encontrei, passei uma semana por lá, notei que me tratou com indiferença, fiquei feliz por ter o conhecido, mas também um pouco triste por ele não ter me dado a atenção que eu precisava, pois foi a primeira vez que eu o tinha visto. Quando foi no domingo, antes de voltarmos de viagem, minha avó chamou meu pai num canto e disse: “Dedé você nunca deu nada a seu filho dê algum dinheiro pra ele comprar o que ele necessite”, lembro-me como se fosse hoje, ele tirou R$ 10,00 reais do bolso um pouco amassado e entregou à minha avó e ela me entregou. Vi que aquele dinheiro tinha sido dado um pouco sem gosto.
Voltei de viagem, cheguei em casa disse mamãe tome esses 10 reais, faça o que a senhora quiser com ele, foi meu pai que me deu, vi que ele me deu sem gosto eu não quero esse dinheiro, mamãe ficou comovida percebeu que eu estava triste, ela tem uma mania muito grande de guardar dinheiro em livros e ela guardou esses 10 reais por mais de 8 meses dentro de uma bíblia.
Passados alguns meses minha mãe chegou pra mim e disse, "filho já que você gosta de trabalhar e de vender coisas, porque não compra algumas coisinhas pra vender... (pipoca, confeitos...etc.) com aquele dinheiro que eu guardei". E assim fiz, comprei, arrumei uma caixa de papelão, dividi umas gavetinhas, pendurei um cordão no pescoço e sai pra começar a realizar meus sonhos, daí então as coisas começaram a melhorar, consegui fazer um caixote de madeira pois o que tinha de papelão estava se desmanchado.
Porém passado algum tempo, comecei a sentir um dor muito forte na coluna, procurei um médico e ele disse que era o peso do caixote porque era muito peso e eu ainda era uma criança, minha avó paterna sabendo disso me deu um carrinho de cor azul que ela tinha guardado, para evitar que eu carregasse o caixote. E assim passou mais um tempo eu já estava um pouco crescido comecei vender em festas altas horas da noite, um pouco perigoso pra um menino da minha idade na época, pois até que um certo dia em uma festa no clube municipal ao final quando ia voltando pra casa com o carrinho quatro garotos todos maiores do que eu arrodearam-me e tomaram o pouco dinheiro que tinha, roubaram o que tinha de maior valor do carrinho, viraram o carrinho, e ameaçaram ainda me bater.
Voltei de viagem, cheguei em casa disse mamãe tome esses 10 reais, faça o que a senhora quiser com ele, foi meu pai que me deu, vi que ele me deu sem gosto eu não quero esse dinheiro, mamãe ficou comovida percebeu que eu estava triste, ela tem uma mania muito grande de guardar dinheiro em livros e ela guardou esses 10 reais por mais de 8 meses dentro de uma bíblia.
Passados alguns meses minha mãe chegou pra mim e disse, "filho já que você gosta de trabalhar e de vender coisas, porque não compra algumas coisinhas pra vender... (pipoca, confeitos...etc.) com aquele dinheiro que eu guardei". E assim fiz, comprei, arrumei uma caixa de papelão, dividi umas gavetinhas, pendurei um cordão no pescoço e sai pra começar a realizar meus sonhos, daí então as coisas começaram a melhorar, consegui fazer um caixote de madeira pois o que tinha de papelão estava se desmanchado.
O prédio que fizemos um pouco pequeno, depois de um tempo já não estava mais cabendo as costuras de minha mãe e o comércio, eu já estava com 17 anos, precisei comprar a casa vizinha, um terreno muito grande de 13.00 por 42.00 metros. Comprei a casa mais não tive condições de reformar, passado mais algum tempo, na casa só fiz retirar algumas paredes, e continuando trabalhando, sonhando, e nunca desistindo e não se abalando com nenhuma dificuldade, que na verdade eram muitas. Me estabeleci, e vi que precisava desmanchar a casa e fazer um prédio grande como eu sonhava quando era criança.
Tinham outro sonho também que era se formar em Engenharia Civil, precisei deixar o comércio nas mãos da minha mãe e irmãs que me ajudam muito ir para Natal correr atrás desse sonho, passei oito messes lá trabalhando em um posto de gasolina. Sempre fui bom aluno, sempre tirei notas boas, devido desde criança trabalhar não tive tempo de me esforçar um pouco mais, por isso me senti um pouco frustrado e resolvi voltar a Florânia e resolvi fazer a grande reforma e crescer o meu comércio.
Hoje sou empresário tenho um supermercado no bairro Flores na cidade de Florânia que está construído numa área de 245 (m²), o qual temo o nome "Esperança". Todos os anos no mês de setembro é comemorado o aniversário do Esperança Supermercado com uma semana de festa, “filmes, missa, terço, festas, e muito mais.
Também estou fazendo uma pousada em cima do supermercado, por trás do mesmo já construí 4 quartos de 3 vãos para aluguéis os quais estão alugados e ainda estou construindo mais outros 4 quartos também para aluguel, construí um ponto de comércio no bairro Rainha do Prado, para alugar também, além de outros investimentos. Além disso tomo de conta de uma loja de materiais de construção do também empresário Franklin da farmácia, além de fazer projetos.
Também estou fazendo uma pousada em cima do supermercado, por trás do mesmo já construí 4 quartos de 3 vãos para aluguéis os quais estão alugados e ainda estou construindo mais outros 4 quartos também para aluguel, construí um ponto de comércio no bairro Rainha do Prado, para alugar também, além de outros investimentos. Além disso tomo de conta de uma loja de materiais de construção do também empresário Franklin da farmácia, além de fazer projetos.
Quero falar principalmente para os jovens, que acham a juventude nunca vai acabar, que sonhem e tenham determinação, a vida não só é de “farra, festas, bebidas”, tentem buscar algo mais, algo que lhe sirva no futuro e te faça você se orgulhar de si mesmo, ou que seja um bom empresário, ou que esteja em uma boa faculdade, busque sempre o melhor, porque se não, no futuro você irá se arrepender de muita coisas que deveria ter feito e não fez. Nunca deixem de sonhar e tenha sempre atitude para correr atrás e realizar. Porque não existe vitória sem luta.
Agradeço também ao Blog Tenente Laurentino Agora pelo espaço para poder contar um pouco da minha história. Meu nome é José Umbelino Neto (Neto Umbelino), nasci em 04 de novembro de 1987, filho de Antônia Alves de Araújo (Toinha Umbelino). Um garoto sonhador que viu o seu sonho se tornar realidade.