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23 de maio de 2014

"Se querem produzir uma Copa com sangue, essa é a oportunidade", disse o líder do MTST

Milhares de manifestantes ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) iniciaram um protesto por volta de 18h20 desta quinta-feira (22) por algumas das principais avenidas da zona oeste de São Paulo. Eles se concentraram no largo da Batata, em Pinheiros, a partir de 17h e saíram em passeata depois que o protesto encorpou.

A manifestação terminou por volta de 21h, na ponte Octavio Frias de Oliveira, conhecida como ponte Estaiada, no Brooklin. Não foram registados incidentes, como atos de vandalismo, durante o ato. Segundo policiais militares que acompanham a mobilização, cerca de 5.000 pessoas participam do ato. Já de acordo com a organização, são cerca de 15 mil ativistas. Ao todo, aproximadamente 200 policiais foram escalados para trabalhar no protesto.

Os manifestantes caminharam pela avenida Brigadeiro Faria Lima, que teve o tráfego interrompido na pista sentido Moema. Por volta de 19h15, os ativistas entraram na avenida Cidade Jardim, sentido Morumbi. Às 19h30, o protesto passou a ocupar todas as faixas das pistas local e expressa da Marginal Pinheiros, uma das mais importantes vias da cidade, sentido Interlagos.

Às 20h15, os manifestantes chegaram até a ponte estaiada, onde Guilherme Boulos, coordenador do MTST, finalizou o ato com um discurso no caminhão de som em que fez críticas aos governantes e ameaçou parar o Brasil caso as reivindicações dos sem-teto não sejam atendidas. "Se querem produzir uma Copa com sangue, essa é a oportunidade", disse o líder do MTST.

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