De cada dez empresas que são abertas no
Rio Grande do Norte, ao menos três delas encerram as atividades antes de
completar dois anos, segundo último levantamento feito pelo Sebrae
sobre a sobrevivência das empresas no Brasil. Isso acontece, na maioria
das vezes, porque o empreendedor acaba cometendo erros que poderiam ser
evitados. É importante saber o que não deve ser feito quando se coloca
em prática o sonho de ser o próprio patrão ao abrir um negócio.
Um dos erros mais comuns é misturar despesas pessoais com as da
empresa. Essa situação causa desequilíbrio nas finanças da empresa e
distorce os indicadores financeiros. Assim, torna-se difícil saber quão
rentável o negócio está sendo e pode ocorrer o tão indesejável
endividamento.
“Ao misturar, o empreendedor fica sem controle da real situação
financeira da empresa e pode levar à retirada de valores superiores ao
que a empresa suporta. Isso pode levar ao fechamento do negócio”, alerta
a gerente da Unidade de Orientação Empresarial do Sebrae no Rio Grande
do Norte, Gilvanise Borba Maia. Segundo ela, o correto é separar as
contas e ter controle de todas as despesas e receitas do negócio para
identificar se há lucro.
Outra falha é não fazer a análise de viabilidade do negócio. É
necessário fazer uma avaliação do dinheiro usado para começar a empresa e
para tocá-la até que comece a dar lucro. É importante avaliar todos os
investimentos em equipamentos, instalações e funcionários. Givalnise
Maia também ressalta que o estudo da viabilidade serve também para
constatar se há mercado para o produto ou serviço. “Essa análise
identifica as expectativas e necessidades do mercado, o que serve para
nortear os caminhos do negócio”.
A centralização é outro ponto negativo identificado entre quem está
empreendendo. Muitos empresários têm dificuldade em ensinar e delegar
atividades aos colaboradores. Dessa forma, centralizam muitas tarefas
operacionais em si, não sobrando tempo para se dedicarem à estratégia do
negócio. “A centralização limita o potencial criativo da equipe e o
desenvolvimento do empresário. Sozinho, ele não vai conseguir dar conta
de tudo que a empresa requer”.