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3 de abril de 2016

A história se repete: Dilma segue roteiro do impeachment de Collor

Com a análise do processo de abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, a petista segue o mesmo roteiro do ex-presidente Fernando Collor de Melo, que foi afastado do cargo em 1992 e renunciou ao cargo antes da votação no Senado.

A capa do jornal Folha de S. Paulo, de 1992, quando a Câmara estava prestes a votar a aceitação do pedido de impeachment de Collor, mostra que o ex-presidente utilizou a tática de lotear a estrutura de governo para tentar convencer deputados a votarem contra seu afastamento. Não funcionou.

Dilma Rousseff, após a saída do PMDB do governo, entra no mesmo roteiro que Collor seguiu no passado. Começou, no Planalto, o vale tudo em busca dos 172 votos necessários para impedir a continuidade do processo na Câmara dos Deputados. Os cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão estão na mesa, em cima do balcão de negócios.

Com Collor, não deu certo. Dilma tenta ter um desfecho diferente. Os pontos divergentes entre os dois são a popularidade, tendo em vista que as pesquisas mostram uma avaliação pior da petista do que a do ex-presidente na época, e o apoio de movimentos organizados, quesito no qual Dilma leva vantagem, por ter o apoio de sindicatos e entidades estudantis.

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