O PMDB se prepara para voltar ao comando do Congresso no mês que vem e
preocupa setores do governo, que preveem negociações mais duras e risco de
aprovação de leis que podem ser ameaça ao equilíbrio fiscal.
O partido já conta com o vice-presidente da República, Michel Temer, e deve
pela sexta vez, desde a Constituição de 1988, ocupar por dois anos outros dois
cargos na linha sucessória da presidente Dilma Rousseff: os comandos da Câmara e
do Senado.
Tudo aponta para a eleição, no dia 4 de fevereiro, do deputado Henrique
Eduardo Alves (RN) e do senador Renan Calheiros (AL), que não têm hoje
adversários competitivos. Eles deverão suceder Marco Maia (PT-RS) e José Sarney
(PMDB-AP).
Os cargos aumentarão o poder de barganha da sigla, que já tem a maior bancada
no Senado e a segunda maior da Câmara. Se vitoriosos, os peemedebistas
controlarão a pauta de votações das Casas, a criação de CPIs e ocasionais
pedidos de impeachment da presidente da República.
O futuro chefe da Câmara terá ainda papel de peso para decidir pelo
cumprimento da ordem do Supremo Tribunal Federal para a cassação dos mandatos
dos deputados condenados pelo mensalão -como os petistas João Paulo Cunha e José
Genoino.
Fonte: Folha de S. Paulo