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28 de janeiro de 2013

Pior que o apagão na iluminação pública, é o apagão dos cérebros


No acender das luzes desse próximo mês os-que-tinham-ido voltarão para nos assombrar lá no mundo imaginário, lá no Planalto Central, naqueles prédios de enormes corredores internos e que parecem uma cuia dividida. Lá retornarão ao poder os (poupe-me de nomeá-los, por favor) novosvelhos, que manterão a iluminação do abajur lilás e da luz vermelha na porta - e lá não é bem um estúdio de gravação. 

Lá, onde não tem apagão, não sinhô, seus pessimistas de plantão, imprensa ignara! Lá onde se decidem as nossas coisas. Onde eles estão se juntando num bolinho só, para fazer a tal base de sustentação. A massa pobre, que vai pra batedeira, nem preciso descrever, não? A valsa até que transcorreria sem deslizes, já que a essas coisas todas, no fundo no fundo estamos até acostumados. 

O que perturba, novidade, pelo menos do meu ponto de vista, é que também se está apagando a iluminação que vinha dos cérebros nacionais, as ideias luminosas, a energia para modificar o percurso.
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