A trajetória da vilã Cora (Marjorie Estiano), de “Império”, vai chegar ao fim. Ela, que é considerada uma das melhores personagem da novela da Globo, vai salvar a vida de José Alfredo (Alexandre Nero) no desfile de Carnaval e acabará levando um tiro. Antes de morrer, ela aparece tendo sua tão esperada primeira noite de amor com o comendador. De acordo com o jornalista Daniel Castro, suas últimas cenas devem emocionar o público.
Cora estará entre a vida e a morte após levar um tiro durante o desfile da escola de samba União de Santa Teresa. Ela ouvirá Maurílio (Carmo Dalla Vecchia) tramando a morte do comendador e correrá para avisá-lo. Nesse momento, ela entrará na frente do amado e salvará sua vida. A bala perfurará seu pulmão e, quando os médicos avisarem a família que o caso é gravíssimo, José Alfredo surgirá fazendo o que ela sempre lhe pediu: tirando sua virgindade.
As cenas serão de “amor”. O roteiro indica tudo com muita delicadeza e carinho. Depois de atingirem o “prazer supremo” juntos, o homem de preto vai vesti-la e sair do hospital sem ser visto. “Você foi meu, Zé, e foi melhor do que eu pensava…”, diz Cora. “Você me fez mulher”, dirá ela, aos delírios, ao se despedir do amado. “E vai me perdoar?”, perguntará Cora. “Já te perdoei, Cora dos Anjos”, responderá José Alfredo, que encerrará o momento dizendo eu seu ouvido: “Eu te amo, Cora”.
No entanto, essa cena pode fazer parte de um sonho de Cora, pois José Alfredo surgirá em uma cena em seguida comovido com a morte de Cora, como se não tivesse tido nada de íntimo com ela. No hospital, uma enfermeira verá a porta aberta e estranhará. Cora, sozinha, estará morrendo, com os batimentos cardíacos estão acelerados e sem os sentidos, com os olhos arregalados. “O médico se apressa em pegar os desfibriladores e começa a dar choques no coração de Cora, que reage em convulsão”, indica o roteiro.
Cora estará deitada na maca, enquanto a enfermeira despluga todos os aparelhos dela. Então, ela ajeita o lençol, cruza as mãos de Cora sobre seu peito e a deixa ali sozinha. A câmera vai se aproximando de Cora lentamente, até perceber um filete de líquido verde. Esse líquido é como se fosse um veneno, que escorre de um dos cantos de sua boca. Nesse momento, um som de um guizo de cobra se ouve. “Nessa imagem da cobra, que morre, nos despedimos da inesquecível Cora de Marjorie Estiano”, diz o roteiro.
