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5 de fevereiro de 2013

O que está por trás da crise nas novelas da Globo


De tempos em tempos, o domínio absoluto da TV Globo no terreno da teledramaturgia é posto em dúvida. O mais recente episódio tem sido provocado não por uma trama que vai mal no Ibope, mas por três. O fato é que, com cerca de um mês no ar, nenhuma das principais novelas da emissora – a das seis, a das sete ou a das nove – emplacou no gosto do público. Substituta do sucesso Avenida Brasil, a nova trama de Gloria Perez, Salve Jorge, amarga média de 29 pontos no Ibope da Grande São Paulo desde seu lançamento, em 22 de outubro. Em seu primeiro mês, Carminha, Tufão e companhia registravam bem mais: 34 pontos. 


A situação é ainda mais grave nas tramas que vão ao ar mais cedo. O remake de Guerra dos Sexos, que ocupa o horário das sete, tem média de 21 pontos, e Lado a Lado, novela das seis, de meros 18. Especialistas ouvidos pelo site de VEJA ressaltam que problemas de audiência são normais nas primeiras semanas das novelas, afinal, o público precisa de um tempo para se familiarizar com os novos personagens e a história. A regra, porém, tem virado exceção à medida que as tramas se afastam da data de estreia sem melhorias significativas nos números. 

A explicação para o desabamento da audiência de novelas diferentes não apenas no conteúdo, mas também no horário de exibição e no público-alvo, naturalmente, não pode repousar em um único motivo. O diagnóstico é específico para cada trama e contempla elementos como tema, texto, elenco, direção e fotografia. Há, porém, fatores de maior amplitude que afetam a todas, sem distinção. Caso da renovação representada por Avenida Brasil, que paira como um fantasma sobre as fórmulas clássicas – e cansadas – de folhetins como Salve Jorge. O público se acostumou à linguagem proposta pelo autor João Emanuel Carneiro, mais veloz e próxima tanto do cinema como dos seriados americanos, e sente falta da família Tufão. 

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