Precisou Jr. Teixeira assumir a Secretaria de Agricultura e
Pesca do Rio Grande do Norte para que finalmente fosse liberado um suprimento
extra de torta de algodão para 24 propriedades rurais do Estado ainda mantidas
dentro investigação sorológica do Ministério da Agricultura que monitora uma
improvável presença da aftosa no rebanho. Com a perspectiva de uma inédita decisão que poderá liberar em
breve o trânsito animal do Nordeste para o resto do país, sem a necessidade de
quarentena, a Emater no estado ainda não estenderá a distribuição de torta por
uma razão puramente burocrática.
A norma interna só previa o fornecimento de torta de algodão
para as pequenas propriedades com até 10 cabeças, o que excluía aquelas acima
disso, mesmo se estivessem sob a sorologia do Ministério. Nesta terça-feira (2), a diretora de Defesa Animal do Idiarn,
Fabiana Lo Tierzo, que até recentemente ocupava a direção geral do Instituto,
comemorou a chegada da torta de algodão às propriedades ainda monitoradas pela
sorologia. Ela lembrou a intenção do governo federal de submeter, ainda
neste ano, o pedido de liberação em bloco Nordeste com relação à aftosa à
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), decisão que atingirá diretamente
Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e
Pará.
De mais de seis mil amostras de sangue de animais do estado
enviadas para análise no início da investigação ao Lanagro do Rio Grande do Sul,
um dos laboratórios oficiais do MAPA, 601 amostras de bovinos e 423 de caprinos
e ovinos registraram algum tipo de reação – o que é normal nesse tipo de
procedimento, e se mantiveram no estudo. No início dessa sorologia, que aconteceu no princípio da
estiagem iniciada no ano passado, o rebanho potiguar era estimado em pouco mais
de um milhão de cabeças. Segundo o último calculo do Instituto de Defesa
Agropecuária do RN, com base na quantidade de vacinas contra aftosa vendidas,
mais de 25% já teria desaparecido desde então.
Fonte: Portal JH